segunda-feira, 31 de maio de 2010

Somos o que realmente achamos?


Outro dia eu estava em um supermercado de uma grande rede no sul do país. A Caixa estava conversando com a auxiliar (empacotadeira, não sei se fazia outra coisa) e pelo que entendi da conversa, sempre que elas chegam pela manhã para trabalhar, são separadas as "equipes", isto é, qual caixa vai trabalhar com qual auxiliar.
As duas mal me cumprimentaram quando comecei a passar minha compra e não pararam um só segundo de tagarelar. Fui totalmente ignorada e obrigada a ouvir aquele papo vasilha!

Elas diziam:
- "Bem melhor esse mercado sem fulana, não acha?"
- "Se ela estivesse aqui você pensa que estaríamos aqui conversando?"
- "Pois é.. Até me admirei quando ela deixou nós duas trabalharmos juntas.... aquele mulher! uix!"
- "Não sei porque ela implica tanto.. Não gosta de ver as pessoas felizes!".
PAUSA
- "Pode colocar o cartão moça" (ela lembrou de mim e pediu pra eu colocar meu cartão para pagamento na máquina)
FIM PAUSA
- "Então.. Qual é o problema de trabalharmos juntas? Não fazemos nada de errado. Ela gosta de implicar mesmo. Mal amada!"

NOVA PAUSA
- "Sua nota moça, Obrigada!"... "Essa mulher é uma horrível mesmo e trala lá tra la lá tra la lá" (...)


...

Será que elas realmente não sabem porque não podem trabalhar juntas?
Foi uma situação muito desconfortável.. Eu passando a compra, elas não falavam comigo, ficavam conversando e falando mal de alguém em um cargo superior ao delas na minha frente. Estavam me ignorando totalmente.
Com certeza que a "encarregada" delas sabe que elas fazem isso. Ficam conversando e não atendem bem os clientes.

Elas não sabem mesmo ou fingem? Estavam se achando as vítimas da chefe horripilante e mal amada, quando na verdade, eram elas que não estavam exercendo corretamente sua função de atender bem os clientes.
É claro que dentro de um ambiente empresarial já implica em outras coisas como a chefe conversar com elas e da o feedback de que são inconvenientes e fala demais, ética e etc. Mas, não é esse o assunto que gostaria de abordar.

Essa é uma situação que não ocorre só com essas moças que me atenderam (ou não) no mercado. Acontece muitas vezes conosco quando não entendemos o porquê de "estarem achando isso de mim" como ouvimos popularmente. Será que não vale uma reavaliação? A tal conhecida "visão de fora"?

É claro que isso não se aplica a todas as condições mas, uma auto-avaliação não faz mal pra ninguém!

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